quarta-feira, 13 de maio de 2009

'eterna saudade interna'

"(...) E pela minha lei a gente era obrigado a ser feliz.
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar que andava nua pelo meu país...
Não, não fuja não, finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião, O seu bicho preferido.

Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido...

Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim.

Pois você sumiu no mundo
Sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?"

Só pra terminar a noite de forma inspirada, mesmo com a ausente inspiração.
Falo em música...
E sinto em verdade doída, saudade.
Da infância que não lembro.
Do pai que não tive.
Da mãe que não ouço.
Do amor que não vejo.

Hoje, repito uma velha frase minha.
"Quando eu me vi sem ninguém, sem amigos, sem voce, eu me vi"
Tô me sentindo, me vendo, me doendo mais hoje.

Saudade dela, que realiza um sonho e agora pode voar longe.
E volta sempre, mas nunca mais está.

Saudade dele, de todas aquelas promessas, até da televisão rosa.
Saudade até das mentiras..
Do telefonema não dado..
Do presente não entregue..
Do parabéns não recebido..

Saudade deles, que corriam, latiam, miavam.
E me fizeram tão feliz todos eles.

Saudade dela, do tom de voz de quem quer mostrar a autoridade que não tem pela altura.
Do pedir, do 'faz pra mim'.
Hoje, sinto até do ronco.

Saudade de mim, da época que não tinha exame, dificuldade, medo.
De quando não tinha aperto, conta, berreiro.
Dos dias em que eu ainda acordava de bom humor.
Ah! E daquela época..
A época em que eu ainda acreditava em conto de fadas.
Acorda menina! A vida taí..
Cadê meu castelo?
Não ouço o belo musical ao fundo...
Naõ tem "felizes para sempre", pelo meu já desisti de esperar.
Não tem príncipe..
Ou tem?
:)

Uma boa noite, de quem ainda acredita nas pessoas, e mais, na vida.
Ainda hoje, mesmo hoje.
Por quê não sempre?

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