terça-feira, 26 de maio de 2009

Auto-explicativo.

"Nenhuma verdade me machuca
Nenhum motivo me corrói
Até se eu ficar só na vontade, já não dói
Nenhuma doutrina me convence
Nenhuma resposta me satisfaz
Nem mesmo o tédio me surpreende mais

(...)

Nenhum sofrimento me comove
Nenhum programa me distrai
Eu ouvi promessas e isso não me atrai
E não há razão que me governe
Nenhuma lei pra me guiar
Eu tô exatamente aonde eu queria estar"

eu, eu, eu...!

"Ontem eu fui dormir mais tarde um pouco...
E tudo vai indo bem...
Venço o cansaço e medo do futuro.
No seu abraço é que encontro a cura do mal
Hoje eu acordei e te quis por perto... "


E agora, dentro de mim, tudo se faz em um só nó.
Escrevo, e tento resumir o máximo que posso.
Quero, devo, e preciso dormir.

E o tempo que, inegávelmente, passa
Fez dos meus medos, silêncio.
E o silêncio, se fez grito.
Choro.
Dor.
E dói.

E a minha sexta feira: de quinta!
Aquelas risadas baratas, me custaram caro: oitenta pratas.
Que na verdade, nem suei pra ter.
Mas que eu sei bem da podridão que veio.

E o meu sábado.
Que sábado?
Lembro do reencontro com amigos.
Os velhos, e também os novos.
De alcool, piada, dança, riso, esfiha, do
De ser pai, e do meu sono.

E o meu domingo...
Acordei com o interfone tocando, e acordando a fé dentro de mim
Neles
Nos amigos novos.
Que já parecem velhos, quase de infância.
Mas, que não sejam de infância!
Que a infância passa, e a gente guarda no fundo do guarda roupa
Com os velhos brinquedos e os discos que já nem se ouvem..
Que os grandes amigos durem.
E, também, se não durarem...
Que sejam, apenas..
Grandes amigos!

E a minha segunda, se fez cheia de vazio.
Além de cheia de contas.
E cheia de briga.
E de saudade do pai.

Cansada da rotina de me ser.
Garçom, desce um novo eu.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

'meu' anjo mais velho

"O dia mente a cor da noite
E o diamante a cor dos olhos
Os olhos mentem dia e noite a dor da gente
Enquanto houver você do outro lado aqui do outro eu consigo me orientar

A cena repete a cena se inverte
enchendo a minha alma daquilo que outrora eu deixei de acreditar
tua palavra, tua história tua verdade fazendo escola
e tua ausência fazendo silêncio em todo lugar
metade de mim agora é assim
de um lado a poesia o verbo a saudade
do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim
e o fim é belo incerto... depende de como você vê
o novo, o credo
A fé que você deposita em você e só
Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você..."


E sempre vai restar um pouco de fé em mim
em você
em nós...
Agradeço pela paciência e carinho
Pelo abraço apertado, ombro emprestado, beijo roubado..
Nossos risos, brincadeiras, dancinhas..
Pelos apelidos secretos..e pelos segredos!
Perdão pelo silêncio, gritos, medos
Pelo que disse, vou dizer, e pelo que não disse.
Eu te amo.
Obrigada e Perdão.


"E tudo que eu disser sobre você sempre vai parecer um grande eufemismo..."



.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Canto para mim


"Mas percebo agora que o teu sorriso vem diferente
Quase parecendo te ferir
Não queria te ver assim , quero a tua força como era antes.
O que tens é só teu
E de nada vale fugir e não sentir mais nada
(...)
Nada mais vai me ferir
É que eu já me acostumei com a estrada errada que eu segui
E com a minha própria lei
Tenho o que ficou e tenho sorte até demais
Como eu sei que tens também."


ouço seu ronco.
seu silêncio faz eco, grito dentro de mim.
e de tão alto, faço das suas, minhas palavras.
(ou, não-palavras...)
Pesa como pesa uma ausência.
E a lágrima que não se chorou.
Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros.
respiro bem fundo.
viro pro lado, enceno um sono.
quero paz, trégua:
bandeira branca, amor.
o silêncio deve resolver. tem resolvido.
não falo, não ouço.
sua indiferença me pegou às vinte e três.
diferente de quando a gente ainda tinha força pra lutar pela gente...

obg*



De ontem em diante serei o que sou no instante agora
Onde ontem, hoje e amanhã são a mesma coisa
Sem a idéia ilusória de que o dia, a noite e a madrugada são coisas distintas
Separadas pelo canto de um galo velho
Eu apóstolo contigo que não sabes do evangelho
Do versículo e da profecia
Quem surgiu primeiro?
o antes, o outrora, a noite ou o dia?
Minha vida inteira é meu dia inteiro
Meus dilúvios imaginários ainda faço no chuveiro!
Minha mochila de lanches?
É minha marmita requentada em banho Maria!
Minha mamadeira de leite em pó
É cerveja gelada na padaria
Meu banho no tanque?
É lavar carro com mangueira
E se antes um pedaço da maçã
Hoje quero a fruta inteira

E da fruta tiro a polpa... da puta tiro a roupa
Da luta não me retiro
Me atiro do alto e que me atirem no peito
Da luta não me retiro...
Todo dia de manhã é nostalgia das besteiras que fizemos ontem"



não quero escrever sobre minhas lagrimas, dores e males.
tô estranhamente feliz.
obrigada.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Carta à Simba (a que não enviei)

Simba.
Sempre te tratei tão bem!
Te dei carinho, atenção, afeto.
Ração, colchão, um teto!

Fiz cartazes com sua foto e nome..
Coloquei endereço, telefone!
Podia ter ligado, voltado..
Jantado, latido, babado ao meu lado!

Te procurei em outros olhos.
De cães, gatos, ratos.
(Não, ratos não)
Em outros latidos
Outros amarelados.

Se um dia, isso chegar à sua pata...
Volta correndo pra casa!
Que minha saudade já fez aniversário..
E a sua coleira, continua no armário....

:)

'eterna saudade interna'

"(...) E pela minha lei a gente era obrigado a ser feliz.
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar que andava nua pelo meu país...
Não, não fuja não, finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião, O seu bicho preferido.

Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido...

Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim.

Pois você sumiu no mundo
Sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?"

Só pra terminar a noite de forma inspirada, mesmo com a ausente inspiração.
Falo em música...
E sinto em verdade doída, saudade.
Da infância que não lembro.
Do pai que não tive.
Da mãe que não ouço.
Do amor que não vejo.

Hoje, repito uma velha frase minha.
"Quando eu me vi sem ninguém, sem amigos, sem voce, eu me vi"
Tô me sentindo, me vendo, me doendo mais hoje.

Saudade dela, que realiza um sonho e agora pode voar longe.
E volta sempre, mas nunca mais está.

Saudade dele, de todas aquelas promessas, até da televisão rosa.
Saudade até das mentiras..
Do telefonema não dado..
Do presente não entregue..
Do parabéns não recebido..

Saudade deles, que corriam, latiam, miavam.
E me fizeram tão feliz todos eles.

Saudade dela, do tom de voz de quem quer mostrar a autoridade que não tem pela altura.
Do pedir, do 'faz pra mim'.
Hoje, sinto até do ronco.

Saudade de mim, da época que não tinha exame, dificuldade, medo.
De quando não tinha aperto, conta, berreiro.
Dos dias em que eu ainda acordava de bom humor.
Ah! E daquela época..
A época em que eu ainda acreditava em conto de fadas.
Acorda menina! A vida taí..
Cadê meu castelo?
Não ouço o belo musical ao fundo...
Naõ tem "felizes para sempre", pelo meu já desisti de esperar.
Não tem príncipe..
Ou tem?
:)

Uma boa noite, de quem ainda acredita nas pessoas, e mais, na vida.
Ainda hoje, mesmo hoje.
Por quê não sempre?

Bom dia!



" As encrencas de verdade de sua vida tendem a vir de coisas que nunca passaram pela sua cabeça preocupada, e te pegam no ponto fraco às quatro da tarde de uma terça-feira modorrenta.
Na verdade, às 7 e 45, De uma quarta feira.
Dessa quarta feira.
A primeira coisa que entrou pelos meus ouvidos hoje: "Quer continuar sendo estéril?"
Bom dia pra você também!

"Todo dia enfrente pelo menos uma coisa que te meta medo de verdade."
Fez do meu medo, seus gritos.
E como mágica, minha dor se transformou nas suas lágrimas.

Ouvi coisas de você, e quero pedir perdão por ser, de fato, um problema na sua vida, e te causar tantos outros mais.

Enfim, com exames em mãos, ou melhor, gaveta.
Bem lá no fundo, escondendo de mim mesma.
A quem perguntar, não. Não abri, nem pretendo.
Um dia, crio coragem e resolvo tudo sobre isso.
Tomamos decisões importantes e gritadas eu e ela pela manhã.
Ela tá feliz.


Sofrimento gera auto-conhecimento.
Tô achando há um tempo que já me conheço suficientemente bem...

terça-feira, 12 de maio de 2009

"... farei o possível para não amar demais as pessoas, sobretudo por causa das pessoas. Às vezes o amor que se dá pesa, quase como responsabilidade na pessoa que o recebe. Eu tenho essa tendência geral para exagerar, e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo. É uma forma de paz..."

Poderia, e deveria, ser meu primeiro mandamento.

Hoje

Corre menina! Aproveita a insônia aumentando, o nó na garganta bem dado, o choro engasgado.

Hoje, quanto mais corri, mais não saí do lugar.
Amar aos outros, é a unica salvação individual que conheço.
Uma faca de dois gumes que me corta os pulsos em todas as vezes que corto.

Hoje, eu, exagero, boa vontade, compaixão, benevolência. Prazer.
você, ironia, falta de piedade, ingratidão. Ronco.

Hoje, Poderia ter acontecido qualquer dia, como acontece todos os dias, menos hoje.
Tô explodindo dúvidas e medos.
E amanhã, poxa!
Amanhã vai ser tão dificil...
Tomara que menos que hoje!
(Difícil ser menos...)

Hoje, eu amei. Sinto que não tenho mais pulso.

Minha inspiração me deixou na companhia da minha insônia.
Me deu um beijo de boa noite, e disse 'até quando eu quiser'.

Com essa me despeço, e quando ela voltar, volto também.

Prazer!

Não!
Sem nome, identidade, cpf. Isso aqui não é a fatura do meu cartão de crédito..GRAÇAS A DEUS!
Tô querendo falar de mim, carne e osso.
'Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso...Nunca se sabe qual defeito sustenta o edifício inteiro'.

Metade de mim é passionalidade, e bem, a outra metade também;
Eu tenho urgências.
Eu quero! Quero muito, e quero agora.
Culpa de uma mãe solteira, que pra atender às carencias paternas de uma criança, esqueceu que ela cresceria.
Cresceu.
Cresci.
E pela dor da ausência cedo, tudo que era pequeno, se fez de tamanho maior.
Aprendi o significado de excesso cedo.
Daí tiro a intensidade de tudo que eu faço ser tanto, sempre.
Tiro também dái, minhas tristezas, sofrimentos absolutos.
Contínuos, ininterruptos.
Sou feita de exageros, excessos. Monto, diariamente, minha novela mexicana.
Melhor acreditar que a monto, do que acreditar que de fato, vivo, certo? ;)

Post dedicado à quem lê acreditar que devo ser só uma menina mimada, e ficar a dúvida se o que eu sinto, de fato é real, ou criado por mais um extremismo exacerbado ;D

isso lembra 'eu', nao sei por que.

http://www.youtube.com/watch?v=lojTI05pJPg

"Você não sabia que poderia encontrar Um lugar melhor para estar?"
"Então eu comecei a revolução da minha cama Pois você disse que minha esperteza Havia subido à minha cabeça"
"Ela sabe que é tarde demais Enquanto caminhamos Sua alma se afasta Mas não olhe para trás com raiva"
"Me leve ao lugar que você vai Onde ninguém sabe se é noite ou dia"

meninas não choram, bem por aí :)

De volta!

E não é que a danada da inspiração não me some?
Bom, melhor ficar quieta, antes que ela decida desaparecer por mais três ou quatro anos.
.
.
.
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Foi-se.

'faz de conta que a vida dela não era de faz de conta...'


e bem pela madrugada, tive a brilhante ideia de parar de tirar as noites de sono de outros.
minhas preocupações, medos, duvidas: agora bem ditas, minhas.
entendi, e mais, aceitei, que minha vida é bem uma novela mexicana. Aquelas sabe, repletas de dramalhões, passionalismo, sofrimentos e tudo mais...
Passei a noite me debatendo, querendo levantar daquela maldita cama quente, mas não queria me entregar à minha (de volta) insônia.
Levanta, bebe água.
Liga e desliga a TV.
O computador me olhava, sedutoramente, abusando de um momento de inspiração (que aliás, se ausenta agora).
Desisto, acho que vi alguém na sala.
Mas, aproveitei uma boa briga com minha mãe, pra vir aqui e fazer meu desabafo.
Criei isso aqui pra uso pessoal, e não quero que mais ninguém saiba disso.
Feito por mim mesma, para mim mesma, sem mais identificações.
Aos poucos, vou me escrevendo, descrevendo, me contando.
Por hoje, fica o relato de alguém que cansou de esperar, desejar, querer a ajuda alheia, e decidiu se ajudar.
Crescer, amadurecer, e até parar de doer, só depende, de fato, de mim.
E como uma boa novela mexicana, aqui ainda tem muito o que doer, muito o que sofrer, e muito o que chorar.
Amanhã, pego exames bem cedo, me dando os resultados, ou só a confirmação de uma possível endometriose, já aguardada há 3 anos.
As crises foram mais fortes, doloridas e sangrentas dessa última vez.
Acho que confessar medo faz bem, né?
Mas acho que nao basta! Preciso brigar com a minha mãe pra minha noite ficar mais divertida.
E qual a razão? Os nãos que ela nao me ensinou a ouvir, ela também nao aprendeu.
Decidi não ir ao médico, e fazer a sua vontade.
Melhor, não quero saber do resultado.
Minha vida, pra variar, nao anda numa boa época.
Mas acho que isso rende um próximo post.
Quem sabe amanhã?
No próximo capítulo, mais sobre mim.