sexta-feira, 28 de maio de 2010

Souza.

Minha mãe namorou um cara, por cerca de um ano.
Eu o adorava, sabe.
Ele tratava a nos duas muito bem, e fazia o tipinho homem perfeito.
Nessa epoca eu devia ter no maximo 12 anos.
Mas os dois terminaram, e chega a parte da historia que eu preciso colocar pra fora e jogar pro lixo de uma vez.
Era dia de feira escolar, e eu não tava a fim de ir..
Fiquei em casa..
O telefone tocou, e era o 'Souza'.
Pediu pra me encontrar no shopping, que tinha comprado alianças pra minha mae e ele se casarem, mas como eles tinham terminado, ele precisava da minha ajuda. Disse que era apaixonado por ela, estava com saudades, a faria a mulher mais feliz do mundo, e jogou baixissimo, afirmando que 'seria meu papai tambem'.
Não preciso responder que uma garota de 12 aninhos, que o pai tinha sumido há 2 anos não pensou nem duas vezes né.
Encontrei-o, lá.
Sentado, aparentemente indefeso.
Começou a me falar sobre sua ultima viagem.
Sobre as festas que tinha frequentado.
As bebidas, as praias, a viagem toodinha.
Ele estava sentado de frente pra mim.
E neste ponto, tirou sua bolsa da cadeira, e sentou na cadeira do meu lado.
Tirou do bolso, a carteira, e mostrou fotos de muitas, muitas meninas.
Acho que mais que umas dez..
E me perguntou se eu sabia o que eram.
Obviamente, eu não sabia.
Me falou que eram suas ex namoradas, e 'sabe, ele gostava muito de menininhas mais novas'.
Tá, eu tinha 12 anos, mas sabia perfeitamente o que viria a partir daí.
Minha cabeça foi a mil, e notei que não, nos nao falariamos da minha mae e dele.
Falariamos de mim e dele.
Tentei me levantar, e ele era um marinheiro de quase dois metros, troncudo, e me disse que não seria possivel sair dali ate que ele terminasse.
Ele me abraçou, e disse que já tinha namorado uma menina de 12 anos.
Sabe, 'muito parecida comigo'.
Branquinha, novinha, cabelos escuros, sorriso simpatico, inteligente e muito, muito bonita.
E apertava meus braços, enquanto eu tentava levantar.
O papo seguiu, ele falando, e eu tentando sair.
Não quero falar de como a história seguiu, tô tensa só de lembrar.
Mas, enfim olhei desesperada prum segurança, que veio saber se tudo estava bem.
Eu disse que não, e o segurança pediu pra ele 'parar de me abraçar com tanta força'.
Saí correndo, chorei horas no banheiro.
Quando saí, fui pegar um ônibus.
O tal Souza estava parado no ponto, me esperando.
Me empurrou pra dentro de um ônibus.
Me perdi, por umas duas horas.
Nunca tinha andado por aquele lugar, não o conhecia.
O motorista me apontou o onibus certo que eu deveria tomar, e eu voltei, pro colegio da minha mãe.
Contei tudo pra ela, e ela prometeu tomar cuidado quanto a seus proximos namorados.

Essa madrugada, ele acordou, fez xixi de porta aberta, andou de cueca pela casa e disse coisas desagradaveis.
Fez coisas desagradaveis.
Muito desagradaveis.
Senti nojo, raiva, vontade de socar.
Não quero nem pensar em descrever o que aconteceu, obg.
Chorei, mais algumas horas.
Sensação de ser incapaz de se defender.
Eles terminaram, amem.
Segundo Souza na minha vida, but beeeem mais tenso que o primeiro.
Mae, cuidado pra nao pintar o terceiro.

Aham, sei.



Quando eu era jovem eu vi meu pai chorar
E amaldiçoei o vento
Ele partiu seu próprio coração e eu assisti
Enquanto ele tentava o recompor


E a minha mãe jurou que ela nunca mais se deixaria esquecer
E foi nesse dia que eu prometi que eu nunca cantaria sobre amor
Se ele não existisse


Mas querido, você é a única exceção

Talvez eu saiba, em algum lugar no fundo da alma
Que o amor nunca dura e temos que arranjar outros meios
De seguir em frente sozinhos ou ficar com uma cara boa


E eu sempre vivi assim mantendo uma distância confortável
Até agora!
Eu tinha jurado a mim mesma que eu estava contente com a solidão


Porque nada disso algum dia valeu o risco, mas mas você é a única exceção


Eu tenho uma forte noção de realidade
Mas eu não consigo deixar o que está na minha frente
Eu sei que você está partindo

Quando você acordar de manhã me deixe uma prova de que não é um sonho
Você é a única exceção

E eu estou a caminho de acreditar.
Oh, e eu estou a caminho de acreditar...

-
A alguem que me fez promessas.
Planos, sonhos.
Acreditar em coisas que eu não queria, e nem podia.
Me fez sentir o que eu nunca me permiti.
Mas confiei, quando ele disse 'tira essa armadura, eu nunca vou te machucar'.
Pffff.
A minha unica exceção, que me fez ir contra mim mesma.
E hoje me dá seu silêncio.
Saudades de mim há quatro anos e alguns meses atrás.
Eu nunca teria te dado ouvidos, se soubesse que terminaria assim.
"Minha unica exceção".

Dona Baratinha



Mais um medo superado.
Estava eu, colocando meu pijaminha e pegando meu pinguinzinho pra dormir.
Minha mãe ja dormia ha horas com seu (amem) ex-namorado.
Cantarolava alguma coisa, acredito que Lady Gaga, já que estava bem animada às 3 e tantas.
De repente: o ser.
A criaturinha.
Ordem: Dictyoptera
Família: Blattidae
Nome científico: Periplaneta americana.
Havia uma porra de uma maldita barata no meu corredor.
Como meus amiguinhos já sabem, tô enfrentando uma infecção seria na traqueia.
Logo, estou febril (39, companheiros, 39), como sopinhas e mingaus, e sendo assim, tambem mal dá pra falar.
Tento dar um grito: nada sai!
E ela lá, estática, imóvel, paradinha no meio do corredor.
Fingi que corria pra cima dela.
Mas ela estava decididissima a não se mover.
Barata de personalidade forte essa.
Mais uma tentativa de pedido de socorro desesperado frustrada.
Minha garganta tá na merda. Mesmo!
Sentei no sofá, esperei..esperei..
Meu celular no quarto. Pensei ate em ligar pra mãe, vô, padrinho, bombeiros!
Daí, eu vejo a unica coisa que poderia me salvar.
E aquele filme maldito do Napoleon ja estava na terceira parte, quando eu vi uma luz no fim do tunel.
O chinelo.
Cara, eu nao mato baratas!
Pensei logo no que meu pai me disse.
Melhor enfrentar de uma vez, e acabar com isso.
Tentei mais uma vez correr pra cima dela, pra ver se ela se mexia.
Porra nenhuma!
Decidiu que o meio do corredor seria sua morada.
Mas nããão, não no que dependesse de mim.
Com odio nos olhos e medo nas mãos peguei meu chinelinho roxo e branco.
Meu companheiro, salvador da minha noite fria e solitaria.
Mirei, me posicionei em cima da cadeira, fechei os olhos.
.
.
.
Matei a porra da barata baby, agora ninguem mais me segura.
Sentimentos de auto-suficiência e poder aflorados! muahahaha!
Não se mete comigo, eu sou super perigosa e corajosa!
Se tiver uma por ai, na sua cozinha, banheiro, só chamar.
Quase o inset fone 2273-7373.
Falirão sabendo de todo meu sentimento de extermina-las do globo.
E gratuitamente, só por prazer (6)
Haaam!

Mais um medo morto.
E bom, mais uma barata tambem :)

quinta-feira, 27 de maio de 2010

rio!


Vivi a eternidade em dez dias.
E tô há dias tentando escrever qualquer coisinha sequer sobre a viagem.
Nada, nadinha sai.
Acho que é por que fiquei lá.
Ficou lá, a outra.
Desceu a nova.
Dez dias, lágrimas lavaram minha alma diariamente.
Voltei limpa. Pura.
Conversamos. Muito, por dias.
Choramos, muito, abraçados.
Mas era quando ele parava de falar, e me olhava calado, que eu entendia tudo o que ele queria dizer.
Hoje eu entendo e perdôo.
E digo, que se talvez eu fosse ele, tivesse feito a mesma coisa.
Me conheci, conhecendo ele.
Aprendi muitas coisas.
A que mais me marcou foi:
"Querida, quando você precisar de uma mãozinha..Você pode encontrar até duas..Olhe ao final de cada braço seu".
Disse que leu em algum lugar, fora a parte do querida, que é como me chama.
Querida, Princesa, Minha pequena.
Eu me basto, e não preciso de ninguém. Para nada.
Sensação de ser o suficiente para si.
Acho que toda a minha mudança se resumiu quando ao entrar no ônibus, ele chorou.
Muito.
Vê-lo sofrer, de alguma forma, me fez saber que tinha meu pai de volta.
E ele me disse, quando o ônibus saía: 'Papai te ama'.
Me ligou à noite: "É muita maldade você me apresentar uma filha incrível e tirar ela de mim em dez dias. Cadê meu chão? Ouvi em algum lugar: E agora o amanhã, cadê?"
Amanhã, eu tô de volta.
Eu te entendo, e perdôo.
Sinto tudo novo.
Plena: adj. 1. cheio; repleto. 2. Íntegro; inteiro; completo. 3. cabal; perfeito.
Ele, ela, eu.
O coração, o corpo, a alma.
Tudo.
Tô feliz.
SOU feliz.


"A tempestade me distrai
Gosto dos pingos de chuva
Dos relâmpagos e dos trovões
Hoje à tarde foi um dia bom
Saí pra caminhar com meu pai
Conversamos sobre coisas da vida
E tivemos um momento de paz
É de noite que tudo faz sentido
No silêncio eu não ouço meus gritos
E o que disserem...
Meu pai sempre esteve esperando por mim.
Estamos vivendo!
E o que disserem...
Os nossos dias serão para sempre"

terça-feira, 25 de maio de 2010

Fim.

Como pode ser gostar de alguém e esse tal alguém não ser seu
Fico desejando nós gastando o mar...Pôr do Sol, postal, mais ninguém
Peço tanto a Deus para esquecer
Mas só de pedir me lembro
Minha linda flor, Meu jasmim será
Meus melhores beijos serão seus
Sinto que você é ligado a mim...Sempre que estou indo, volto atrás
Estou entregue a ponto de estar sempre só esperando um sim ou nunca mais
É tanta graça lá fora passa o tempo sem você
Mas pode sim ser sim amado e tudo acontecer
Sinto absoluto o dom de existir, não há solidão, nem pena
Nessa doação, milagres do amor..Sinto uma extensão divina
É tanta graça lá fora passa o tempo sem você
Mas pode sim ser sim amado e tudo acontecer
Quero dançar com você, dançar com você...
Quero dançar com você, dançar com você...

E ele disse: "Ainda bem que eu tenho você...Dói tanto escutar isso longe..Nem imagino se eu não tivesse você"
E me abraçou. E dançamos.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Coração.



"E você, meu amigo homem de lata! Você quer um coração?! Você não sabe o quão sortudo é por não ter um. Corações nunca serão práticos enquanto não forem feitos para não se partirem ..."

Completando:

Eu respiro tentando encher os pulmões de vida mas ainda é difícil deixar qualquer luz entrar
Ainda sinto por dentro toda a dor dessa ferida mas o pior é pensar que isso um dia vai cicatrizar
Eu queria manter cada corte em carne viva, a minha dor em eterna exposição
(...)
Eu já ouvi 50 receitas pra te esquecer que só me lembram que nada vai resolver
Porque tudo, tudo me traz você e eu já não tenho pra onde correr
O que me dá raiva não é o que você fez de errado, nem seus muitos defeitos, nem você ter me deixado
(...)
O que me dá raiva são as flores e os dias de Sol
São os seus beijos e o que eu tinha sonhado pra nós
São seus olhos e mãos e seu abraço protetor
É o que vai me faltar
O que fazer do meu amor?

Respondo:
E numa batida mais forte da percussão, num rodopio, girando juntos, ela pediu: - Deixa eu cuidar de você. Ele disse: - Deixo...

O ridículo é que só no chão você percebe que caiu. Então é tarde demais.
Não tenho mais nada a perder. Não sabia que o mundo era assim duro, assim sujo. Agora sei.
Me virei sozinho. Isso me endureceu um pouco mais. Me virei sozinho com enormes dificuldades.
Andei amando loucamente, como há muito tempo não acontecia. De repente a coisa começou a desacontecer.
Bebi, chorei, ouvi Maria Bethânia, fumei demais, tive insônia e excesso de sono, falta de apetite e apetite em excesso, vaguei pelas madrugadas, escrevi poemas (juro). Agora está passando: um band-aid no coração, um sorriso nos lábios – e tudo bem. Ou: que se há de fazer.
Não te preocupa. O que acontece é sempre natural — se a gente tiver que se encontrar, aqui ou na China, a gente se encontra.
Fiquei. Você sabe que eu fiquei. E que ficaria até o fim, até o fundo....
Esse lixo espalhado pela casa são os nossos sonhos usados, gastos, perdidos.
E fui cuidar do que restava, que é sempre o que se deve fazer.
Quando não se tem mais nada a perder, só se tem a ganhar.
Tudo passará um dia, quem sabe tão de repente quanto veio, ou lentamente, não importa.
Não se preocupe, não vou tomar nenhuma medida drástica, a não ser continuar, tem coisa mais auto destrutiva do que insistir sem fé nenhuma?
Tento me concentrar numa daquelas sensações antigas como alegria ou fé ou esperança.
Queria consultar búzios, runas, pai, mãe, de santo ou não, qualquer coisa que me APONTASSE O RUMO.
Repito sempre: sossega, sossega - o amor não é para o teu bico.
Desta vez, eu tinha tanta certeza. E penso: os deuses me traíram, os búzios me atraiçoaram, as cartas me mentiram.
Não finja que os-problemas-foram-superados-e-tudo-está-num-ótimo-astral.
Inconscientemente, parecia querer buscar em autores, filmes e músicas, algum tipo de consolo.
E descobri que somos muitíssimo mais capazes de suportar a dor do que supomos.
Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicídio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos.E substituímos expressões fatais como ‘não resistirei’ por outras mais mansas, como 'sei que vai passar'. Esse é o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência. Mas gosto de perceber que as dores são cada vez mais rapidamente superadas.Ou então visto minhas calças vermelhas e procuro uma festa onde possa dançar rock até cair...
Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe?
Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas... Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento.
Ser novo.
Ando bem, mas um pouco aos trancos. Como costumo dizer, um dia de salto 7, outro de sandália havaiana.
Ou talvez eu só precise de férias, um porre e um novo amor.
Tenho tentado aprender a ser humilde. A engolir o nãos que a vida te enfia goela abaixo. A lamber o chão dos palácios. A me sentir desprezado-como-um-cão, e tudo bem, acordar, escovar os dentes, tomar café e continuar.
Te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o quê, como aquela fé que a gente teve um dia, me deseja também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo de novo, que nos faça acreditar em tudo outra vez.
Doía.
Continua doendo.
Ainda não acabou.
Passa, passará.
Amor é falta de QI, tenho cada vez mais certeza.




Strawberry Fields Forever


João Roberto era o maioral: O nosso Johnny era um cara legal

Ele tinha um Opala metálico azul
Era o rei dos pegas na Asa Sul
E em todo lugar
Quando ele pegava no violão
Conquistava as meninas
E quem mais quisesse ter
Sabia tudo da Janis
Do Led Zeppelin, dos Beatles e dos Rolling Stones
Mas de uns tempos prá cá
Meio sem querer
Alguma coisa aconteceu
Johnny andava meio quieto demais
Só que quase ninguém percebeu
Johnny estava com um sorriso estranho
Quando marcou um super pega no fim de semana
Não vai ser no CASEB
Nem no Lago Norte, nem na UnB
As máquinas prontas
Um ronco de motor
A cidade inteira se movimentou
E Johnny disse:
"- Eu vou prá curva do Diabo em Sobradinho e vocês ?"
E os motores sairam ligados a mil
Prá estrada da morte o maior pega que existiu
Só deu para ouvir, foi aquela explosão
E os pedaços do Opala azul de Johnny pelo chão
No dia seguinte, falou o diretor:
"- O aluno João Roberto não está mais entre nós
Ele só tinha dezesseis.
Que isso sirva de aviso prá vocês".
E na saída da aula, foi estranho e bonito
Todo o mundo cantando baixinho:

Strawberry Fields Forever
Strawberry Fields Forever

E até hoje, quem se lembra
Diz que: "Não foi o caminhão"
Nem a curva fatal
E nem a explosão
Johnny era fera demais
Prá vacilar assim
E o que dizem é que foi tudo
Por causa de um coração partido
Um coração

Bye, bye Johnny
Johnny, bye, bye
Bye, bye Johnny.

rio!

Tudo o que posso ser para você é aquela escuridão que já conhecemos
Com esse arrependimento me acostumei
Era tudo ótimo quando estávamos no auge
Eu esperava por você no hotel toda noite
Eu sabia que não tinha o par ideal
Mas a gente se via sempre que podia
Não sei por que me apeguei tanto
A responsabilidade é minha
Você não me deve nada
Mas não sou capaz de ir embora

Quando ele vai embora,
O sol se põe,
Ele leva o dia embora,

Mas sou crescidinha,
E do seu jeito,
Neste tom triste
As minhas lágrimas secam sozinhas


Eu não entendo por que estresso um homem
Quando há coisas tão mais importantes
Poderíamos não ter tido nada
Tínhamos que bater num muro
Por isso o afastamento é inevitável
Mesmo se eu deixasse de querer você
Uma perspectiva verdadeira
Eu serei a mulher de outro cara em breve
Eu não deveria cair nessa de novo
Eu tinha que ser a minha melhor amiga
E não ficar louca por causa de caras idiotas

Quando ele vai embora,
O sol se põe,
Ele leva o dia embora,
Mas sou crescidinha,
E do seu jeito,
Neste tom triste
As minhas lágrimas secam sozinhas
Nosso romance acabou
A sua sombra me cobre
O céu é uma chama
Quando ele vai embora,
O sol se põe,
Ele leva o dia embora,
Mas sou crescidinha,
E do seu jeito,
Neste tom triste
As minhas lágrimas secam sozinhas

Gostaria de dizer que não me arrependo
Que não há divídas emocionais
Porque, quando a gente se despede, o sol se põe
Nosso romance acabou
A sua sombra me cobre
O céu é uma chama
Que só os amantes vêem

*

Uma vez, numa situaçao na casa da vó, tentando aconselhar uma prima, ele disse:
"Quando um cara ama de uma mulher de verdade, não existe essa história de não ter tempo. De não poder. De querer ficar sozinho, sem as burocracias do namoro. Quando ele vem com essa é por que não gosta mais de você, e tá usando essas desculpas. Quando ama, quer ficar perto, do lado, quer ela pra ele. Homem que é homem, quando ama uma mulher faz o que for pra ficar com ela. Se ele tá usando dessas desculpas, cai fora que ele não te ama de verdade."


Mas sou crescidinha,
E do seu jeito,
Neste tom triste
As minhas lágrimas secam sozinhas

Ponto final.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

fui.

'até amanha, pai'. desliguei.
tô indo, e levando em cada pedacinho de mim você inteiro.

'Os olhos mentem dia e noite a dor da gente
Enquanto houver você do outro lado aqui do outro eu consigo me orientar...
A cena repete a cena se inverte
enchendo a minha alma daquilo que outrora eu deixei de acreditar...
Tua palavra, tua história, tua verdade fazendo escola e tua ausência fazendo silêncio em todo lugar
Metade de mim agora é assim
De um lado a poesia o verbo a saudade
Do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim
E o fim é belo incerto... depende de como você vê
O novo, o credo, a fé que você deposita em você e só

Só enquanto eu respirar Vou me lembrar de você
Só enquanto eu respirar..'

Cantei pra mim, pra ele, e pra ele.

já sinto sua falta.
'boa noite, dorme com deus, sonha com os anjos, te amo muito e te amo pra sempre' meu anjo mais velho.
:)


terça-feira, 11 de maio de 2010

Redigindo.


Ponto final.
Páragrafo.
Letra maiúscula, introduz o texto.
Aqui é o espaço onde você desenvolve a história.
Há a abertura, você vai explicar o que vai acontecer.
Há o desenvolvimento da ideia, é onde os fatos ocorrem e toda a história acontece.
Aí vem a conclusão, desfecho, encerramento.
Dúvida: ponto final ou reticências?
Depende exatamente do desenvolvimento da história.
Escrevo em São Paulo, e na volta ao Rio, a gente lê.

Metaforicamente falando, espero que tenha entendido.

Amanhã posto novidades!

domingo, 9 de maio de 2010

eu te amaria para sempre.

* Qualquer semelhança (nome / cabelo ) é mera coincidencia! hahahaha

"Dan: E se você ainda ama a pessoa?
Alice: Você não deixa!
Dan: Você nunca deixou alguém que amasse?
Alice: Não.
Alice: É o único jeito de deixar "Não te amo mais, tchau!"
Dan: E se você ainda ama a pessoa?
Alice: Você não deixa!
Dan: Você nunca deixou alguém que amasse?
Alice: Não.

Dan: Eu odeio te machucar!"
Alice: Então porque você machuca!?"
-Dialogo de Closer.

Tô fazendo quase que uma terapia estudando esse filme ;)
Queria agradecer seu cuidado, preocupação, atenção comigo ontem à noite.
Fez muita, muita diferença.
Minha vida meio que tomou seu rumo depois que te ouvi.
Sabe que por algumas (e admito que muitas) horas, eu pensei em ficar por você?
Acho que do Rio, é uma das coisas das quais mais vou sentir falta.
Na despedida espero poder levar um pedacinho de voce comigo ^^

Meu dia das mães foi tão, tão triste.
Perdi uma filha ha uma semana.
Que falta que a Pretinha faz...
Pelo menos, a vejo andando pela casa, latindo, derrubando os objetos.
A vejo invadindo a casa, pulando na cama pra me acordar.
Saudade de você me olhando, meu amor..
Mal fiquei com minha mãe, o namorado dela tá aqui.
Mas serviu, 'psicologia para não psicologos'.
Tô estudando bastante pra isso parar de latejar.
Mas como dizem..quanto mais as feridas latejam nos dias de chuva, mais você sabe que doeu.
Ou dói. DOEU: melhor. ? .

"Tanto faz, tudo bem, nunca mais amo alguém. Saia já do meu jardim!
Tanto faz outra vez, quero paz e vocês?"

Sabe que, mesmo na marra, deixei de acreditar em contos de fadas?
Pelo telefone, tive certeza de que não era 'a princesa' da minha história.
Eu sou problema, não solução.
Na minha bagagem, eu tenho traumas, medos, desilusões, doenças, um corpo fraco.
Tenho endometriose, epilepsia, hipoglicemia, hemorragia, vomito sangue, vou constantemente fazer exames e exames, tomar soro, injeçoes, perder muito sangue, desmaiar seja por dor da crise, ou dor da cabeça mesmo..
Tenho problemas com minha mãe, com meu pai, com meus avós, com meus amigos.
E agora fui obrigada a aceitar isso, o que eu deduzo que seja encarar seus problemas, e aprender a lidar com eles.
E é por isso que eu tô arrumando outra bagagem.
Já decidi a mala que comprar, não sei quanto tempo vou me demorar.
Decidi me cuidar, me resolver, me entender, e aceitar.
Com isso tudo, fiquei com uma raiva enlouquecida da Disney.
Não gata, não vai rolar um príncipe, não pra voce!
Talvez se você só tivesse uma madrasta má...Mas você tem beem mais que isso nao é? ;)
E sabe que eu cheguei a acreditar nessa palhaçada toda?
Aos namorados, noivos, casados que me desculpem.
Mas não dá, perdi a fé no amor. Nao acredito mais, e prefiro que seja assim.
Como o filme diz 'só amor não basta'.
Talvez até role um castelo lá em Sampa, com um sol forte e se eu gostar dos passarinhos cantando lá fora..eu vou ficando.
Mas que qualquer especie de principe mantenha-se longe. A kilometros!
Como sempre foi, voltou a ser. Voltei a ser.
Maldita hora que você me disse 'tira essa armadura, deixa eu cuidar de você' pelo telefone.
"Tô cansada de construir e demolir fantasias. Não quero me encantar com ninguém"
Hoje, volto a vestir a tal armadura.
Tô pronta pra batalha, de novo.
Tô indo buscar esse maldito 'final feliz', sem depender de mais ninguém.
Cresci, amor.
Tô indo bater de frente com todos meus medos.
Minha armadura tá muito mais cascuda do que há quatro, cinco anos atrás.
Nada, nem ninguém atravessa ela mais.
Todo mundo quer saber se eu choro.
Não.
Não na frente de ninguém...

"Te vejo errando e isso não é pecado, exceto quando faz outra pessoa sangrar,
Te vejo sonhando e isso dá medo, perdido num mundo que não dá pra entrar
Você está saindo da minha vida e parece que vai demorar
Se não souber voltar,
ao menos mande notícias você acha que eu sou louca Mas tudo vai se encaixar...
Tô aproveitando cada segundo antes que isso aqui vire uma tragédia...
E não adianta nem me procurar em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo só você não viu
Você tá sempre indo e vindo, tudo bem!
Dessa vez eu já vesti minha armadura e mesmo que nada funcione eu estarei de pé, de queixo erguido
Depois você me vê vermelha e acha graça mas eu não ficaria bem na sua estante
Só por hoje não quero mais te ver, só por hoje não vou tomar minha dose de você
Cansei de chorar feridas que não se fecham, não se curam e essa abstinência uma hora vai passar
"

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Pela Toca do Coelho



Para baixo, para baixo, para baixo. Essa queda nunca chegará ao fim?

Alice não estava nem um pouco machucada, e pôde saltar sobre os pés num instante: olhou para cima mas estava tudo escuro sobre sua cabeça, diante dela havia outro grande túnel e o Coelho Branco ainda estava à vista, apressado.



Não havia nenhum momento a perder! lá se foi Alice como vento, exatamente a tempo de ouvi-lo dizer, quando virara a esquina: "Oh! minhas orelhas e minhas vibrissas, como está ficando tarde!"

Havia portas por toda a volta do aposento, mas estavam todas trancadas, e depois que Alice percorreu uma a uma, tentando cada porta sem sucesso, ela voltou tristemente para o centro do quarto, pensando sobre como sairia daquela.

De repente, encontrou uma pequena mesa de três pés, toda feita em vidro sólido: não havia nada sobre ela senão uma minúscula chave dourada e a primeira idéia de Alice foi de que ela deveria pertencer a uma das portas da sala; "mas, ai de mim!, ou as fechaduras são muito grandes ou a chave muito pequena, mas de qualquer maneira não iria abrir nenhuma das portas." Entretanto, na segunda tentativa, Alice encontrou uma cortina que não havia percebido antes, e atrás dela existia uma pequena porta de aproximadamente 40 centímetros: a menina colocou a pequena chave dourada na fechadura e, para seu grande prazer, ela encaixou!

Alice abriu a porta e viu que dava para uma pequena passagem, não muito maior que um buraco de rato: ela ajoelhou-se e avistou o mais adorável jardim que jamais vira. Como ela gostaria de sair daquela sala escura e passear por entre aqueles canteiros de flores viçosas e aquelas fontes geladas...mas ela nem mesmo conseguiria fazer passar sua cabeça pela porta; "e mesmo que a minha cabeça passasse", pensou a pobre Alice, "teria pouca utilidade sem meus ombros. Oh! como eu desejo poder encolher como um telescópio. Eu acho que poderia, se ao menos soubesse como começar."

Vejam só, tantas coisas estranhas tinham acontecido ultimamente que Alice começara a pensar que muito poucas coisas eram na verdade realmente impossíveis.

Não havia muito sentido em ficar esperando ao lado da portinha e então Alice voltou em direção à mesa, com esperança de poder encontrar outra chave sobre ela ou, quem sabe, um livro de regras para ensinar as pessoas a encolherem como telescópios: desta vez ela encontrou uma pequena garrafa sobre ela ("que certamente não estava sobre aqui antes", disse Alice) e amarrada ao redor do gargalo estava uma etiqueta com as palavras "BEBA-ME" lindamente impressa em palavras grandes.

Tudo bem dizer "BEBA-ME", mas a sábia Alice não ia fazer aquilo apressadamente. "Não, eu vou olhar primeiro", disse ela, "e ver se está marcado veneno ou não; Alice já lera muitas lindas histórias sobre criancinhas queimadas ou engolidas por feras selvagens e outras coisas desagradáveis, tudo porque não tinham lembrado das regras simples que seus amigos falavam para elas. Por exemplo: um atiçador de lareira pode queimá-lo se você segurar por muito tempo, ou, se você cortar seu dedo muito fundo com uma faca, geralmente sangra; e ela nunca esquecera aquela: se você beber de uma garrafa que diz "veneno" é quase certo que isso irá prejudicá-lo, cedo ou tarde.

Entretanto, esta garrafa não tinha gravado "veneno", daí, Alice aventurou-se a experimentá-la e, achando o sabor muito gostoso ( o conteúdo tinha, de fato, um tipo de mistura de torta de cereja, creme de ovos, leite e açúcar, abacaxi, peru assado, toffy e torradas quentes), ela bem rápido acabou com ele.

"Que sensação estranha", disse Alice. "Eu devo estar encolhendo como um telescópio!"

E daí era fato, ela estava agora com apenas 25 centímetros de altura, e seu rosto resplandeceu ao pensar que aquele era o tamanho exato para atavessar a portinha em direção ao adorável jardim. Primeiro, entretanto, ela esperou alguns minutos para ver se ainda iria encolher: ela sentiu-se um pouco nervosa em relação ao fato "porque isso pode resultar, você sabe", disse Alice para si mesma, "em eu sumir como uma vela". A menina ficou pensando como seria, tentando imaginar como a chama de uma vela se parece depois que a vela acaba e ela não conseguiu lembrar de ter visto alguma vez algo assim.

Afinal, achando que nada mais aconteceria, ela decidiu-se a entrar no jardim, mas, pobre Alice! quando ela chegou na porta, lembrou-se que tinha esquecido a pequena chave dourada, e quando voltou até à mesa, percebeu que não era possível pegá-la: Alice podia avistá-la através do vidro e tentou o máximo possível para escalar uma das pernas da mesa, mas era muito escorregadia; e quando desistiu, a pobrezinha sentou-se e chorou.

"Vamos, não há razão para chorar assim", disse Alice. Eu lhe aconselho deixar isso pra lá neste minuto." Normalmente ela se dava bons conselhos (embora raramente os seguisse) e às vezes repreendia-se tão severamente que chegava a ficar com lágrimas nos olhos, e uma vez ainda lembrava-se de ter tentado boxear suas próprias orelhas por ter trapaceado consigo mesma em um jogo de críquete que jogava com ela mesma, pois essa curiosa criança gostava de fingir ser duas pessoas.

"Mas não adianta agora", pensou a pobre Alice,"querer ser duas pessoas! Porque é suficientemente difícil para mim ser uma pessoa respeitável."

Logo seu olho caiu sobre uma pequena caixa de vidro que jazia sob a mesa: ela abriu-a e encontrou um pequeno bolo, no qual a palavra "COMA-ME" era lindamente inscrito. "Bem, eu vou comê-lo", pensou Alice, "e se isso me fizer crescer eu posso pegar a chave; se ele me tornar muito pequena eu passo por baixo da porta. Então, de qualquer maneira, eu vou para o jardim e não me importa o que acontecer!"

Alice comeu um pedacinho e disse ansiosamente para si mesma."E agora? E agora?", colocando a mão no topo da cabeça para sentir se estava crescendo. Ela ficou surpresa ao perceber que permanecera do mesmo tamanho. Para falar a verdade, é isso o que normalmente acontece quando se come um bolo, mas Alice já estava acostumada a não esperar nada senão coisas extraordinárias acontecendo, que as coisas acontecerem de uma maneira normal parececia chatisse.

Então, ela pôs mãos à obra e muito rapidamente acabou com o bolo.

Quem morre?

"Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias o mesmo trajeto,
quem não muda de marca,
não arrisca vestir uma cor nova
e não fala com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão seu guru.
Morre lentamente quem evita a paixão,
quem prefere o negro sobre o branco
e os pingos sobre os “is” a um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam os brilhos dos olhos, sorrisos dos
bocejos, corações a tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz
no
trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor próprio, quem não se deseja
ajudar.

Morre lentamente, quem passa os dias
queixando-se do azar
ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de inicia-lo,
não perguntando de um assunto que desconhece
ou não respondendo quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em suaves cotas, recordando sempre que estar vivo
exige um esforço muito maior do que o simples feito de respirar.
Somente a
ardente paciência fará
com que conquistemos uma plena felicidade".

Pablo Neruda.
Mais uma vez, muito, muito obrigada.
:)

"Mal me quer, bem me quero"


Acordei estranha!
Parece que se passaram dias, meses, anos.
Minha mãe disse que não vê mais a menina que ela conheceu.
Que bom!
Tô numa correria louca..
Segunda, busco minhas coisas.
Ponho o ponto final que só eu não entendi que não eram reticencias.
Terça, compro a mala.
Quarta, arrumo e vejo se pesa só 23 kg.
Pouquissimo provavel que vá pesar só isso.
But, como quero dar um golpe do baú no meu proprio pai (aah! eu tenho razoes para faze-lo, ja falei sobre!), não posso levar mta coisa! hahahaha!
Quinta, corto cabelo, faço as unhas e confiro minha listinha de viagem ;)
Sexta, é o dia!

Cara, tanta coisa pra resolver. Minha cabeça não para um segundinho.
Vou de avião, tá decidido.
Meeedo, tensa demais com isso!
Só la dentro vou descobrir se tenho medo de avião ou nao! hahaha!
Descobri que meu pai tá dormindo menos que eu com isso tudo. xD
Eu ainda nem fui, mas decidimos não comprar a passagem de volta.
Sinto que vou ficar mais, bem mais que uma semana.
Ele me pediu pra ficar até o final do ano, mas acho que não.
Vai me ensinar a dirigir, vou fazer auto escola..quem sabe volto de carro em vez de aviao? aheuaiheua
Já planejamos a compra do notebook e do modem.
Não quero perder contato com algumas pessoas :)
Tô preferindo ficar numa casa a um hotel.
Ele instalou um telefone em casa, pra facilitar as coisas.
Vou conhecer onde trabalha, os 'chefes' dele querem me conhecer loucamente.
Ele me mandou comprar uma mala beem grande.
Next stop: Natal!
Volto pro Rio antes, claro, pra matar saudade, e organizar tudo.
Mas vou logo logo conhecer minha família por parte de pai.
Cara, a cidade é liiinda. Doida pra postar fotos de lá aqui!
Em menos de uma semana minha vida virou de pernas pro ar.
Tô cheia de planos meus, sonhos meus..e medos só meus tambem!
Adorando essa historia de me aventurar, sair sozinha, conhecer uma cidade sozinha..
Papai vai estar por perto, claro, mas como trabalha, nao vai estar a todo tempo!

Aiii vamo que vamo, que o tempo passa, a grama cresce e eu tô crescendo mais rapido que ela!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

"vou sentir sua falta quando eu acordar" Disse Alice ao Chapeleiro.


Eu quis te conhecer, mas tenho que aceitar: Caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá...
Pode ser cruel a eternidade...
Eu ando em frente por sentir vontade.
Eu quis te convencer, mas chega de insistir:Caberá ao nosso amor o que há de vir.
Pode ser a eternidade má
Caminho em frente pra sentir saudade.

Clipes e lápis de cor na minha cama
Todo mundo pensa que eu estou triste
Eu vou passear em melodias
E os pássaros e as abelhas ouviram minhas palavras
Vamos ficar nós dois e você e eles juntos?
Eu posso esqueecer de mim mesma, tentando ser outra pessoa qualquer.
Eu estou certa de que nós podemos ir em frente.
Você dá prazer ao meu dia.

Um grande amor-amigo sofreu uma perda recente.
E sabe, eu daria tudo pra poder estar ao lado dele.
Te perguntar se quer um abraço.
Saber se tá tudo bem ou se seu sistema de defesa tá mais forte que nunca.
Saber que suas risadas não me enganam nem um pouquinho se quer...
Saber que ele te amava muito, muito mesmo. E eu sou grata a ele, por ter feito você do jeitinho que é.
Te levar ao cinema, te comprar lanchinho..qualquer coisinha que seja pra te distrair, só um pouquinho...
Que falta que faz poder olhar nos seus olhos e dizer que tô aqui, desde sempre e pra sempre, lembra?
Queria te dar colo, carinho, atenção.
Queria te fazer o homem mais feliz do mundo, a cada dia.
De novo, e de novo, e de novo, e ...
Queria te dar, beijinho, mimo, dengo, cuidado.
Queria me dar a você, por inteiro, como eu admito que nunca fiz antes.
Hoje vendo novela eu chorei feito louca.
"Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, por todos os dias da minha vida"
Te diria isso, agora! Sem anel, festa, bolo, bouquet.
Só pra você saber, que eu sinto isso, de verdade.
"Tento me concentrar numa daquelas sensações antigas como alegria ou fé ou esperança."
Mas já entendi que nada do que eu diga causa mais nenhum efeito em você.
Me resta crer no que me encoraja todos os dias "tudo vai passar".
Quem me conhece, sabe pelo que tô passando na minha vida.
Os exames, o sangue, as hemorragias, a dor, o soro, as injeçoes, a morte da minha pretinha.
Digo de peito estufado: Nada, nada, nada tá doendo tanto.
Perdi o amor da minha vida por culpa minha mesmo.
Por papai do céu ter sido mega generoso comigo. Virou quase um ritual pra mim mandar um joinha pro céu antes de dormir.
Meus problemas, crises, traumas e tudo mais.
E é exatamente por isso que tô me retirando.
Minha mãe tava preocupada quando eu disse que queria ir sozinha.
E ela aceitou, quando eu expliquei :
"Bem mãe...Eu não tenho mais nada pra perder nessa vida"
Perdi você, perdi tudo: basta.
Vou estudar, sair, ler, crescer mesmo que na marra.
Tá na hora de ser independente, adulta.
Vou de avião, ou onibus, ou carro..sozinha.
Vou dormir num quarto de hotel..sozinha.
Vou encontrar meu pai, e conversar com ele..sozinha
Vou estudar, ler, sair, crescer..sozinha.
Em três dias cresci o que não cresci em quatro anos.
E quero mais!
A partir de hoje faço relatos quase diarios, pra me sentir mais leve.
Vou deixar nesse post coisinhas que me lembraram você hoje.
Tô tentando descobrir algum motivo pra acordar amanhã.


"Menos pela cicatriz deixada, uma ferida antiga mede-se mais exatamente pela dor que provocou, e para sempre perdeu-se no momento em que cessou de doer, embora lateje louca nos dias de chuva".

"Não se preocupe, não vou tomar nenhuma medida drástica, a não ser continuar, tem coisa mais auto destrutiva do que insistir sem fé nenhuma? Ah, passa devagar a tua mão na minha cabeça, toca meu coração com teus dedos frios, eu tive tanto amor um dia."

"Ah, fumarás demais, beberás em excesso, aborrecerás todos os amigos com tuas histórias desesperadas, noites e noites a fio permanecerás insone, a fantasia desenfreada e o sexo em brasa, dormirás dias adentro, noites afora, faltarás ao trabalho, escreverás cartas que não serão nunca enviadas, consultarás búzios, números, cartas e astros, pensarás em fugas e suicídios em cada minuto de cada novo dia, chorarás desamparado atravessando madrugadas em tua cama vazia, não conseguirás sorrir nem caminhar alheio pelas ruas sem descobrires em algum jeito alheio o jeito exato dele, em algum cheiro estranho o cheiro preciso dele."

"Preciso de um colo que ninguém dá. Mas tudo bem."


"Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar de remar também."


"Tô exausto de construir e demolir fantasias. Não quero me encantar com ninguém."

"Chorei por três horas, depois dormi dois dias. Parece incrível ainda estar vivo quando já não se acredita em mais nada. Olhar, quando já não se acredita no que se vê. E não sentir dor nem medo porque atingiram seu limite."

"Ele gostava quando ela dizia sabe, nunca tive um papo com outro cara assim que nem eu tenho com você. Ela gostava quando ele dizia gozado, você parece uma pessoa que eu conheço há muito tempo. E de quando ele falava calma, você tá tensa, vem cá, e a abraçava e a fazia deitar a cabeça no ombro dele para olhar longe, no horizonte do mar, até que tudo passasse, e tudo passava assim desse jeito..."

"Não te tocar, não pedir um abraço, não pedir ajuda, não dizer que estou ferido, que quase morri, não dizer nada, fechar os olhos, ouvir o barulho do mar, fingindo dormir, que tudo está bem, os hematomas no plexo solar, o coração rasgado, tudo bem."


"O céu tão azul lá fora, e aquele mal estar aqui dentro."

"Não, ela não era tola. Mas como quem não desiste de anjos, fadas, cegonhas com bebês, ilhas gregas e happy ends cinderelescos, ela queria acreditar."


" ... quando a gente precisa que alguém fique a gente constrói qualquer coisa, até um castelo"

"Depois de todas as tempestades e naufrágios, o que fica em mim é cada vez mais essencial e verdadeiro."

"Eu preciso muito muito de você, eu quero muito muito você aqui de vez em quando, nem que seja muito de vez em quando, você nem precisa trazer maçãs nem perguntar se estou melhor, você não precisa trazer nada, só você mesmo, você nem precisa dizer alguma coisa no telefone, basta ligar e eu fico ouvindo o seu silêncio, juro como não peço mais que o seu silêncio do outro lado da linha ou do outro lado da porta ou do outro lado do muro. Mas eu preciso muito muito de você."

Ria sozinha quase sempre, uma moça magra querendo controlar a própria loucura, discretamente infeliz. Não que estivesse triste, só não sentia mais nada.’’


"Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe?

"Sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor, pois se eu me comovia vendo você, pois se eu acordava no meio da noite só pra ver você dormindo, meu Deus...como você me doía! De vez em quando eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno, bem no meio duma praça, então os meus braços não vão ser suficientes para abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta, mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme...só olhando você, sem dizer nada só olhando e pensando: Meu Deus, mas como você me dói de vez em quando!"


"Releio Alice no País das Maravilhas e descubro que sou um menino que caiu na toca do coelho e ainda não conseguiu entender tudo (jamais saberei)."


"(...) Andei amando loucamente, como há muito tempo não acontecia. De repente a coisa começou a desacontecer. Bebi, chorei, ouvi Maria Bethânia, fumei demais, tive insônia e excesso de sono, falta de apetite e apetite em excesso, vaguei pelas madrugadas, escrevi poemas (juro). Agora está passando: um band-aid no coração, um sorriso nos lábios – e tudo bem. Ou: que se há de fazer."

"...para seu próprio bem guarde este recado: alguma coisa sempre faz falta. Guarde sem dor, embora doa, e em segredo."

"Dizem que a gente tem o que precisa. Não o que a gente quer. Tudo bem. Eu não preciso de muito. Eu não quero muito. Eu quero mais. Mais paz. Mais saúde.Mais dinheiro. Mais poesia. Mais verdade. Mais harmonia. Mais noites bem dormidas. Mais noites em claro. Mais eu. Mais você. Mais sorrisos, beijos e aquela rima grudada na boca. Eu quero nós. Mais nós. Grudados. Enrolados. Amarrados. Jogados no tapete da sala. Nós que não atam nem desatam. Eu quero pouco e quero mais. Quero você. Quero eu. Quero domingos de manhã. Quero cama desarrumada, lençol, café e travesseiro. Quero seu beijo. Quero seu cheiro. Quero aquele olhar que não cansa, o desejo que escorre pela boca e o minuto no segundo seguinte: nada é muito quando é demais."
"

"Outra coisa que eu penso quando me lembro daquelas uvas cor-de-rosa é que, na vida, as coisas mais doces custam muito a amadurecer.


"Na minha memória - já tão congestionada - e no meu coração - tão cheio de marcas e poços - você ocupa um dos lugares mais bonitos"


Te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o quê, como aquela fé que a gente teve um dia, me deseja também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo de novo, que nos faça acreditar em tudo outra vez.

Claro que você não tem culpa, coração, caímos exatamente na mesma ratoeira, a única diferença é que você pensa que pode escapar, e eu quero chafurdar na dor deste ferro enfiado fundo na minha garganta seca que só umedece com vodca, me passa o cigarro, não, não estou desesperada, não mais do que sempre estive."
"eu só queria que você soubesse do muito amor e ternura que eu tinha - e tenho - pra você. acho que é bom a gente saber que existe desse jeito em alguem, como você existe em mim."

"De todos aqueles dias seguintes, só guardei três gostos na boca - de vodca, de lágrima e de café. O de vodca, sem água nem limão ou suco de laranja, vodca pura, transparente, meio viscosa, durante as noites em que chegava em casa e, sem Ana, sentava no sofá para beber no último copo de cristal que sobrara de uma briga. O gosto de lágrimas chegava nas madrugadas, quando conseguia me arrastar da sala para o quarto e me jogava na cama grande, sem Ana, cujos lençóis não troquei durante muito tempo porque ainda guardavam o cheiro dela, e então me batia e gemia arranhando as paredes com as unhas, abraçava os travesseiros como se fossem o corpo dela, e chorava e chorava e chorava até dormir sonos de pedra sem sonhos."

E com isso, me despeço de você, e de mim.
Eu te amo.
Se achar por bem voltar, volta.